A proposta inicial do livro me encantou, o autor começou esclarecendo que ele sempre quis aproveitar os bons momentos da vida e ficava chateado quando o trabalho tomava a maior parte do tempo dele, além de obrigá-lo a acordar cedo (o Fábio tem até uma linha de artigos com 9 a.m clube, fazendo uma referência ao 5 a.m club), então ele pensou na seguinte solução: vou procurar trabalhos que me permitam o máximo de tempo livre possível.
Parece maravilhoso, não?!
Em boa parte do livro, achei que fosse sim possível para reles mortais como eu alcançar tal feito, mas do meio pro fim percebi que é mais um incentivador do “seja empreendedor”, “seja o dono do seu próprio negócio”, etc.
Mas o livro não é assim de todo mal. Retirei um tripé de ensinamentos, como:
- Momentum Mori
O autor não usou o momentum mori em si, que é a lembrança da mortalidade para reflexão da vida, mas ele tem como princípio algo parecido, porém mais goodvibe, que é olhar pra própria vida como se tivesse 104 anos e analisar se a vida dele hoje irá orgulhá-lo de ter vivido ou enchê-lo de arrependimento por ter deixado a vida passar.
Além de olhar pra trás, é importante cuidar de si para chegar aos 104! O cuidado com a saúde é fator importante para a qualidade de vida de hoje e de amanhã. - Não tá bom? Muda! Não reclama!
A grande filosofia de vida do autor é não reclamar. Se algo o incomoda, ele muda, mas não reclama.
Ele trouxe até mesmo uma reflexão sobre o quanto uma pessoa reclamona intoxica o ambiente e deixa as pessoas ao seu redor com uma péssima sensação. - Dia perfeito – quanto custa – plano de ação
Para alcançar o estado de plenitude de máximo de aproveitamento do seu dia, o Fábio Ennor propõe o seguinte: desenhe o seu dia perfeito (o dia perfeito de um dia normal, não das suas férias do sonho), depois veja quanto custa viver assim e, por fim, trace suas metas para ter o seu dia perfeito.
Para o autor, o dia perfeito dele é poder acordar tarde, trabalhar um pouco com o que ele gosta, sair com os filhos, visitar uma tia, trabalhar mais um pouco no final da tarde e a noite estar com a família. Para tal, ele investiu em ações, casas alugadas, empresas e stratups para ter uma renda passiva e a sua renda ativa, que exige a sua presença para faturamento, é o mais divertida e livre possível, pois a partir do momento que não fizer mais sentido, ele terá a liberdade de mudar.
Nesse ponto comecei a divergir da ideia do autor, para mim seria horrível trabalhar, sair para curtir algo, voltar a trabalhar, pois a falta de horário pré estabelecido me dá a sensação de que estou sempre no trabalho, com certeza eu ficaria com o sentimento de “eu deveria estar trabalhando”. Então meu dia perfeito seria semelhante a minha rotina de hoje, mas com a diferença de menos horas de trabalho por dia, com apenas 5 ou 6 horas de trabalho focado e o restante do dia livre para leitura, escrita, corrida de rua e aulinha de teclado. Eu sei quanto tenho que ganhar ter uma vida assim, mas é quase impossível eu comprar casas para alugar ou investir em empresas! Eu pago financiamento de casa da caixa, se eu tivesse essa renda para investir, com certeza teria quitado minha dívida primeiro, hahahha.
Duas perguntas que auxiliam na reflexão sobre o que seria um trabalho divertido ou como aproveitar melhor o seu dia é a seguinte: O que você faz quando não tem nada pra fazer? O que você faz mesmo que não receba por isso? Para mim, a resposta é bem simples: brincar com as palavras! A dupla leitura e escrita é o que preenche meu tempo livre com qualidade. Seja na escrita de blog ou no journal que mantenho.
Ao final das contas, essa leitura me trouxe bons questionamentos, me fez pensar e repensar alguns planos pro futuro. Tenho os pés no chão de quem nem tudo é tão simples como ele descreve, pois não tenho o espírito empreendedor e desinibido dele, hahah, mas cada pessoa tem o seu jeito, não é mesmo?!