Olá, leitores!
Se você acompanha o blog no Instagram, deve ter visto a divulgação do Projeto LiterArte, onde vamos correlacionar o estudo das Artes Plásticas com a Literatura.
Resolvemos dar início com a leitura das obras clássicas gregas: Ilíada, Odisseia e Eneida. Porém, antes mesmo da expressão artística grega, houveram outras civilizações que tanto criaram artes plásticas, como escreveram livros também.
Então, trouxe a indicação de duas obras que precederam esse trio maravilho que leremos nesse semestre.
- Epopeia de Gilgamesh
Essa obra é datada de 2.000 a.C e tida como o livro mais antigo de todos, ao lado do Livro dos Mortos, e originou-se na Mesopotâmia (atual Iraque).
A civilização suméria é conhecida pela criação da escrita cuneiforme, primeira linguagem escrita da história, bem como pela estruturação da primeira religião.
A Epopeia de Gilgamesh é composta por doze placas contendo cerca de 300 versos em escrita cuneiforme, onde é contada a história do relacionamento entre Gilgamesh e Enkidu, homens selvagens que foram criados por deuses e evitavam a opressão na cidade de Uruk (governada pelo rei Gilgamesh na época).
Aqui, podemos relacionar a história da Epopeia com o Marco da Vitória de Naram-sin (artista desconhecido, obra produzida em arenito rosa, hoje encontra-se no Museu do Louvre, em Paris), onde mostra a liderança do rei de Acádia, Naram-sin, que governou entre 2.334 a.C. a 2.279 a.C., e seu elo com o divino.
Ambas as obras, tanto a literária quanto a plástica, representam uma característica político, religiosa e cultural da época, a teocracia. Característica essa que repercutiu também na arquitetura local, com a utilização dos Zigurates.
A Literatura Mesopotâmica serviu de inspiração para o primeiro poeta europeu registrado, Hesíodo, por volta de 700 a.C (olha só nosso gancho para a Grécia ❤ )
- A arte da Guerra
Sem dúvida alguma, A arte da guerra é um dos livros mais conhecidos do mundo. Com táticas de guerra que podem ser adaptadas a várias áreas da vida, a obra chegou a servir como guia para ensinar as empresas a lidar com a concorrência.
A China foi a primeira civilização a trabalhar com o metal em táticas de guerra, fortalecendo, assim, suas armaduras e técnicas de combate. Em virtude dos vários confrontos, um de seus períodos históricos foi batizado como Período dos Reinos Combatentes (475 a.C. – 221 a.C.). Nessa mesma época, a filosofia chinesa também ganhava forma com o Confucionismo, Taoísmo e Legalismo.
Dada a realidade local, a arte laca Chinesa desenvolveu-se como uma utilidade para a proteção de bens de madeira, tornando-as mais resistentes e duráveis.
O primeiro imperador chinês, Qin Shi Huangdi, 259 a.C – 221 a.C., para sentir-se protegido, mandou construir um salão subterrâneo com um Exército de Terracota (artista desconhecido) construído em barro. O complexo de soldados conta com cerca de 8.000 figuras em posição de combate.
O cenário político da época também marca a produção artística local, dessa vez com sua vertente voltada à guerra.
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Bom, é isso, pretendo trazer mais posts assim, indicando obras literárias a partir da história da arte, o que vocês acharam? 🙂