Essa HQ foi criada pela Aline Brosh McKenna, mais conhecida pela adaptação cinematográfica de O diabo veste prada, e saiu pela Pipoca e Nanquim aqui no Brasil.
Assim que li a premissa nesse quadrinho, saí correndo para a loja de HQs da minha cidade (olá, Reboot) para adquirir meu exemplar. Uma jovem órfã sai da casa da tia com o intuito de estudar Arte em NY e para se manter por lá, aceita o emprego de babá de uma criança que se sente muito solitária porque a mãe faleceu e o pai trabalha muito.
Ok, assim como a sinopse nos permite supor, a história é sim clichê daqueles. O desenvolvimento dos personagens ficou bem superficial, talvez porque o leitor não tem muito bem uma noção de tempo em que a história se passa, o que fica parecendo que tudo aconteceu em pouquíssimos dias (o que torna algumas coisas ridículas, como o romance dos protagonistas).
Tirando um pouco do cerne da questão essa celeridade estranha, vamos levar em consideração o enredo em si, o começo é um clichê medonho, mas o desenrolar me surpreendeu, não sei se por eu nunca ter lido Jane Eyre (sim, a HQ é inspirada em Jane Eyre, da Charlotte Brontë). Me incomodou bastante a postura do Rocheste, ele mal conhece a Jane e já sente ciúme dela, algo possessivo, e depois chega com outra mulher e deixa bem claro que ela é apenas a babá da filha, como se nada tivesse acontecido entre eles… Faltou muito (mas MUITO mesmo) desenvolvimento para a história melhorar e não ter saltos temporais que tornam os acontecimentos estranhos.
Enfim, Jane é uma moça muito dedicada, uma inspiração. A única coisa que me desagradou foi a falta de noção de tempo, pois o dramalhão todo eu já esperava. Acho que eu teria ficado menos chateada se não tivesse pago cerca de 50 reais para ler algo tão mediano.
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