Eu li: Um, dois e já, da Inés Bortagaray

Por um impulso ou algo do tipo comprei esse livro a um preço tão irrisório que já imaginava se tratar de uma espécie de novela, talvez até de um conto. Tudo bem, estava aberta à proposta. Logo que tive a oportunidade de tê-lo em mão, pude logo de cara me deliciar com os caprichos da amada Cosac (o eterno amor dos leitores à você), páginas azuis e uma fonte na capa que dava certa gastura.

Inés nos conta a história da viagem de carro de uma família durante as férias. O carro, já apertado por causa da quantidade de crianças, que são quatro no total, enfrenta desavenças e afetos típicos de qualquer família.

Essa família, que não possui identificações por nome, ao que tudo indica é uruguaia e vive na época da ditadura. Não sei se pelo contexto social, a protagonista que ainda é uma criança me parece ser muito introspectiva, melancólica e cheia de digressões, como quando ela reflete sobre a morte e a perene preocupação em proteger o pai, mesmo que seja apenas baixando o pino da trava da porta do carro.

Esse livrõ não possui nada de espetacular, muito menos algo extremamente novo, mas a seu modo simplório de contar uma narrativa tão comum em diversas famílias é que o torna cativante. Confesso que me senti embreagada de sono nos momentos que o estava lendo, mas foi por lembrar das viagens da minha infância, que era regada a remédios contra enjoo para não vomitar no carro.

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